domingo, 9 de dezembro de 2012

Gravatas





Numa tarde de verão
Pincelamos gravatas
Em um quadro de papelão.
Você desenhou
E depois eu colori.
Misturamos cores
Incansavelmente.
O fundo branco sumiu
E nele surgiu
Um imenso colorido.
Gravatas ao vento,
Pairando no ar!
Multicoloridas,
Em tons degradê
Quase craquelê.
Gravatas que por ora
Pareciam gente,
Seres humanos de pé,
Ponto de exclamação,
E até mesmo pássaros.
Mas não deixavam de ser
Gravatas:
Arquétipo ideal,
Simbologia 
De amores passados
Cuja reconfiguração
É sempre constante.


Hellen Fonseca 09/12/12

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