quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O alvorecer

Venha, segure minha mão e vamos seguir em frente. Peço apenas para que não a solte. Não há mais o que temer, pois o pior já passou. Você não percebeu que eu estendia minha mão sobre o seu peito agonizante? Não é preciso expor isso em palavras, já que elas trairiam minhas puras intenções.
Agora sugiro que pare de mirar o chão e erga os olhos para o céu. Veja como é belo o alvorecer do dia. O Sol começa a brilhar ao leste, mas ele não nasce somente para nós. Ele nasce para que toda a humanidade desperte do estado de sono para um novo dia. Dia esse que se inicia a partir de agora.
O fardo já fora entregue a mãos fortes e espirituosas. Não há mais com o que se preocupar. Você pode sentir os ombros mais leves? Isso felicita-me, suspiro agora aliviada.
Aperte firme a minha mão, até não mais poder. A viagem ainda continua e é longa. O caminho jamais será fácil. Seguiremos por estradas íngremes, passaremos por pedras, pântanos e desertos. Não obstante, haverá a Luz do Sol por toda a imensidão terrestre e os nossos amparadores continuarão guiando nossa intuição.

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