domingo, 11 de abril de 2010

Um marrom chamado castanho

Não há nesse mundo
Marrom artificial algum
Que me apraz os sentidos,
Nem mesmo o da toalha
Que utilizei ainda há pouco
Após o banho diário.
Tampouco, não quer dizer
Que não há em mim
Sentimento algum de gratidão
Pelos pertences que possuo.
*
Mas há algo incomum no marrom,
Faz despertar em mim
Vibrações estranhas,
Medo
Fobia
E por que? Não sei.
Talvez um médium
De alta hierarquia saiba.
*
Há nesse mundo apenas um marrom
Que verdadeiramente me apraz
E é o marrom dos olhos dele
E por muito me aprazerem
Prefiro chamá-los castanhos.
*
E quando os castanhos dos olhos dele
Se encontram aos meus quase verdes
Que bela mistura de cores não seria?
Não obstante, isso não acontece mais
Não consigo olhá-lo nos olhos.
Não posso,
Sinto medo,
É mais forte que eu.
E é tão grande
Que consegue superar a fobia
Que sinto por mil toalhas marrons.
*
*
*
Hellen Fonseca 11/04/2010

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