Hoje faz dois meses que você me deixou naquela estação. Peguei meus apetrechos para partir no próximo trem das oito. Foi o único dia que passei ao seu lado, ansiamos tanto a chegada dele e num passar frenético das horas nosso tempo se esgotou.
Não sei porque fiquei tão angustiada na hora da partida. Talvez, no meu íntimo eu soubesse que era o nosso primeiro e único encontro. E você, tão ingênuo me consolava, dizia que para encontros futuros a despedida é necessária. Engoli meu choro, subi no veículo e nunca mais voltei.
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