terça-feira, 3 de novembro de 2009

Viagem pela noite adentro

Hoje eu dirigia pela noite adentro ouvindo músicas lentas. Rasgava a estrada e o faról iluminava o caminho de casa. A imaginação ou talvez a necessidade de recordação corriam mais depressa que o próprio carro.
Assim fui parar em tempos remotos, tempos esses que eu era feliz. Não há porque lamentar o presente quando se tem tudo o que lhe é necessário para a felicidade. Mas pode-se chorar de saudade daquilo que se viveu e hoje não se tem mais.
E ainda dirigindo pela noite adentro, deparei-me com o luar. Sabia que era a lua porque o céu era escuro, mas ela era dourada feito Sol. Era a lua da primavera do terceiro dia do décimo primeiro mês do nono ano do segundo milênio após a vinda de Cristo.

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