terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Um presente para o meu amigo secreto


Hoje me debrucei sobre a arte como há muito tempo não fazia. Sentei em minha escrivaninha e desenhei uma flor de oito pétalas, em seu miolo escrevi uma mensagem singela ao meu querido amigo. É chegado o Natal e essas brincadeiras se fazem com frequência nessa data. Recortei a flor, pétala por pétala e pintei-lhe todos os vértices de roxo quase lilás.

Percebendo minha demora, um ser humano muito amado ingadou se eu estava ocupada. Disse-lhe que estava fazendo um presente para o meu amigo secreto. Descrevi a Flor Mágica: veja o que acontece quando ela repousa sobre a água com todas as pétalas dobradas. E falei propositalmente, sei o quanto ele gosta de mistérios. Não obstante, disse bem cientificamente: ela abre porque a água faz dilatar o papel. Senti naquele momento como se ele tivesse afogado meu próprio Lótus. E se fosse para ele o presente? Fazia aquela flor com minhas mãos tentando trazer-lhe a vida. O seu desabrochar perante os olhos humanos seria então um milagre, mesmo sendo ela de papel.

Fiquei deveras desapontada com a falta de sensibilidade dele a ponto de comentar sobre isso. O diálogo não foi um dos melhores e logo ele saiu. Enquanto ele se ausentou, refleti e logo tratei de confeccionar uma Flor Mágica para alegrar-lhe o dia.

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